Vamos (VAMO3): ações saltam 15% após 4T; “os primeiros sinais de inflexão”
A forte valorização das ações do Grupo Vamos ocorre após a divulgação de resultados positivos no primeiro balanço pós-segregação com Automob. Apesar do lucro líquido superando expectativas, a desaceleração nas retomadas de ativos gera cautela entre analistas.
Grupo Vamos (VAMO3) valoriza 15,85% nesta terça (25), após divulgar seu primeiro balanço pós-segregação com Automob (AMOB3).
O lucro líquido no 4T24 alcançou R$ 213 milhões, 16% acima do consenso do mercado. Porém, as retomadas de ativos caíram 14% no trimestre, 30% abaixo da média dos primeiros nove meses de 2024.
Retomadas totais em 2024: R$ 1,2 bilhão, resultando na contração do spread RoIC de 9,2 pp para 6,6 pp.
O Bradesco BBI elogia a capacidade da Vamos de repassar custos, destacando um capex contratado de R$ 1,021 bilhões com yield mensal de 2,8%. A previsão para 2025 é de R$ 2,1 bilhões em capex líquido.
O BBI mantém a recomendação outperform e preço-alvo de R$ 9,00 até o final de 2025.
O JPMorgan observa que os números são difíceis de comparar devido ao spin-off das concessionárias. O Ebitda foi de R$ 882 milhões, abaixo das projeções, mas o lucro líquido foi de R$ 213 milhões, superando expectativas.
- Capex implementado: R$ 1,016 bilhão.
- Retomada de ativos no 4T24: R$ 232 milhões, totalizando R$ 1,22 bilhão no ano.
- Inventário: R$ 2,846 bilhões.
- Alavancagem: 3,3 vezes.
O JPMorgan mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10.
O BTG considera os resultados do 4T24 alinhados com as estimativas, afirmando que a conclusão da reestruturação permitirá uma menor ciclicidade. Eles esperam vigilância em relação à:
- realocação de ativos,
- execução da estratégia Sempre Novo,
- tendências de demanda por locação,
- disciplina de preços,
- gestão da estrutura de capital.
Embora o valuation seja atrativo, o BTG prefere aguardar maior consistência operacional antes de retomar a confiança, mantendo a classificação de compra e preço-alvo de R$ 15.