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Varejistas são as que mais empregam no comércio, mas oferecem os menores salários, mostra IBGE

Varejistas apostam em promoções e estratégias para atrair consumidores, enquanto o setor enfrenta desafios com remunerações médias ainda baixas. Expectativa de vendas durante o Dia dos Pais reflete o desempenho positivo do comércio, que mantém alta taxa de empregos.

Comércio se prepara para o Dia dos Pais com expectativa de boas vendas.

O setor do comércio mantém 10,5 milhões de pessoas ocupadas em 2023, o segundo melhor resultado da série histórica do IBGE, divulgado em 7 de setembro.

A Pesquisa Anual de Comércio (PAC) analisou 1,5 milhão de empresas, com foco em aquelas com 20 ou mais empregados. Os dados mostram:

  • Comércio de Varejo: 72,7% dos trabalhadores (7,7 milhões)
  • Comércio por Atacado: 18,7% (2 milhões)
  • Veículos e peças: 8,5% (900 mil)

As empresas geraram R$ 7,1 trilhões em receita líquida e aportaram R$ 1,2 trilhão em valor adicionado à economia.

R$ 352,7 bilhões foram destinados a salários, mas a remuneração média no setor foi de apenas dois salários mínimos.

Segundo Marcelo Miranda Freire Melo, pesquisador do IBGE, a média de remuneração variou entre 1,8 e 2 salários mínimos nos últimos dois anos, mas o varejo apresentou as menores remunerações (1,7 s.m.).

Destacam-se também os seguintes salários médios:

  • Atacado: 2,9 s.m.
  • Veículos e motocicletas: 2,1 s.m.

Os maiores salários no atacado incluem:

  • Combustíveis e lubrificantes (4,6 s.m.)
  • Máquinas e equipamentos (4,3 s.m.)
  • Produtos farmacêuticos (4 s.m.)

As menores remunerações no varejo foram em:

  • Representantes do comércio (1,2 s.m.)
  • Produtos alimentícios (1,3 s.m.)
  • Tecidos e vestuário (1,6 s.m.)

No recorte regional, apenas Sul e Sudeste registraram salários iguais ou acima da média nacional.

Comércio pela Internet: O número de empresas que vendem online quase dobrou, de 1,9 mil para 3,7 mil entre 2019 e 2023. No entanto, a participação no faturamento bruto do varejo aumentou de 5,3% para apenas 8,8%.

Isso reflete um retorno às compras em lojas físicas após a pandemia.

Setor que se destacou: Varejo de informática com 38,5% de sua receita online.

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