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Varejistas serão abaladas por tarifas de Trump? Farm e Havaianas entram no radar

Varejistas brasileiros sob avaliação após tarifa de 50% dos EUA. Analistas indicam que o impacto direto nos negócios pode ser limitado, mas a volatilidade das ações persiste.

Empresas brasileiras do varejo estão sob atenção após a nova tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, anunciada pelos Estados Unidos na quarta-feira (9).

A medida, comunicada pelo presidente Donald Trump, gerou preocupação entre investidores, mas as expectativas indicam que os efeitos sobre o consumo discricionário serão limitados.

Análises do Bradesco BBI, XP Investimentos e JPMorgan sugerem que o impacto direto nas empresas do varejo será pequeno, mas pode haver volatilidade nas ações devido ao aumento do risco percebido.

De acordo com o Bradesco BBI, apenas duas companhias do varejo têm exposição relevante às exportações para os EUA:

  • Azzas 2154 (AZZA3): 7% das vendas no mercado americano, porém, a produção majoritariamente ocorre na China, Índia, Turquia e Portugal. Risco efetivo de apenas 3% das vendas totais.
  • Alpargatas (ALPA4): 4% das vendas ligadas aos EUA; a operação da Rothy’s é inteiramente na China.

O Bradesco BBI destaca que o aumento da percepção de risco pode afetar o desempenho de ações com estratégias de longo prazo ou atuação internacional.

A XP Investimentos menciona que a operação da Alpargatas pressiona a rentabilidade, e a terceirização da distribuição nos EUA visa mitigar possíveis perdas.

Para a Azzas 2154, 10% das receitas vêm dos EUA, com apenas 1% a 2% em risco devido à produção fora do Brasil.

O JPMorgan corroborou que ambas as empresas têm cerca de 10% da receita vinculada ao mercado americano, mas os efeitos das novas tarifas serão mitigados pela estrutura produtiva.

Apesar da baixa exposição direta, analistas alertam para a volatilidade em ações de empresas internacionais, especialmente com a possibilidade de novas tarifas.

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