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Variação do aluguel sobe em abril mas tendência é de queda ao longo do ano, diz FGV

São Paulo impulsiona alta nos aluguéis, enquanto outras capitais registram quedas. Especialista prevê desaceleração da variação de locação residencial devido ao ciclo de juros altos e aumento do desemprego.

Variação da locação residencial subiu 0,79% no Índice de Variação dos Aluguéis Residenciais (Ivar) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em março, o índice teve queda de -0,31%.

André Braz, economista da FGV, atribui a alta a fatores específicos do mercado imobiliário de São Paulo, que foi a única capital com aumento significativo, passando de -0,29% em março para 3,60% em abril.

As demais capitais apresentaram retração:

  • Porto Alegre: de -5,30% para -0,46%
  • Belo Horizonte: de 2,69% para -3,34%
  • Rio de Janeiro: de 5,18% para -1,43%

Braz observou que São Paulo iniciou o ano com taxas de aluguel elevadas e um mercado aquecido, mas a tendência nacional pode ser diferente. A taxa em 12 meses no Ivar caiu de 6,55% em março para 5,92% em abril.

Ele destacou o ciclo de aperto monetário e a elevação da taxa Selic como fatores de pressão sobre os preços de aluguéis. A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no trimestre encerrado em março, o que pode afetar negativamente o mercado imobiliário.

Braz previu tendência de menor variação na locação residencial ao longo de 2025, resultado do impacto prolongado da taxa alta de juros.

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