Variante XFG do coronavírus é identificada no Brasil
Brasil registra primeiros casos da variante XFG do coronavírus em Ceará e São Paulo. A nova cepa, considerada de risco global baixo, não causa doenças mais severas e apresenta sintomas como rouquidão e tosse seca.
Brasil registra primeiros casos da variante XFG, conhecida como "Stratus".
O Ministério da Saúde informou, em boletim na 5ª feira (3.jul.2025), sobre a detecção da variante em Ceará e São Paulo, com 8 casos no total: 6 no Ceará e 2 em São Paulo. Até o momento, não houve registro de mortes.
As infecções no Ceará foram identificadas entre 25 e 31 de maio, principalmente na capital Fortaleza.
A OMS classificou a XFG como "variante sob monitoramento" e indicou um “risco global baixo” para a saúde pública. As vacinas atuais contra covid-19 continuam eficazes contra esta variante, que não parece levar a doenças mais severas.
Os sintomas mais comuns da XFG incluem rouquidão, tosse seca, e dor de garganta, além dos tradicionais sintomas de covid, como febre e fadiga.
A nova variante surgiu da recombinação das linhagens LF.7 e LP.8.1.2, descendentes da ômicron. A presença da XFG nas sequências mundiais subiu de 7% para 23% em junho de 2025.
A OMS observou mutações na proteína spike da XFG, que podem aumentar a eficácia da variante em driblar defensas imunológicas, comparadas à variante JN1.
Na distribuição geográfica da XFG, a Ásia teve um aumento de casos de 17,3% para 68,7%, com destaque para a Índia. Nas Américas, o percentual subiu de 7,8% para 26,5%.
Dados da Gisaid mostram que, na última semana de maio, 22,7% das amostras de covid eram da variante XFG, um aumento em relação a 7,4% quatro semanas antes.
Desde 2020, o Brasil acumulou 39.286.036 casos de covid-19 e 716.346 óbitos confirmados.