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Vaticano apresenta apelo por redução da dívida dos países em desenvolvimento

Relatório destaca a necessidade urgente de reestruturação da dívida para permitir investimentos essenciais em países em desenvolvimento. Economistas alertam que a situação atual desvia recursos vitais e agrava a pobreza global.

Relatório do Vaticano destaca a necessidade de enfrentar crises da dívida em países em desenvolvimento.

Publicada nesta sexta-feira, 20, a análise foi solicitada pelo papa Francisco para o Jubileu 2025 e elaborada por quase 30 especialistas, liderados pelo premiado Nobel Joseph Stiglitz.

O relatório revela que a carga média de juros para esses países quase dobrou na última década, com 54 países gastando 10% ou mais de suas receitas fiscais apenas com o pagamento de juros.

Os autores afirmam que isso desvia recursos vitais de saúde, educação, infraestrutura e resiliência climática, prejudicando milhões de pessoas.

Para solucionar a questão, o documento solicita:

  • Reestruturações da dívida que proporcionem alívio rápido.
  • Adoção de novas práticas por instituições multilaterais, como o FMI.

Joseph Stiglitz observa que o sistema atual prioriza mercados financeiros em vez das populações, colocando nações em risco de "uma década perdida".

O papa Francisco, ao longo de seus 12 anos de pontificado, pediu repetidamente o cancelamento da dívida dos países em desenvolvimento.

As conclusões do relatório serão discutidas em três eventos importantes, incluindo a Assembleia Geral da ONU e a reunião cúpula do G20 em 2024.

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