Vazamento de petróleo no Equador deixa ao menos 15 mil afetados
Deslizamento de terra danifica oleoduto e provoca contaminação em cinco rios, afetando comunidades locais que dependem da pesca. Autoridades pedem emergência ambiental para mitigar os impactos do desastre.
Pelo menos 15 mil pessoas foram afetadas em Quinindé, no Equador, devido ao maior derramamento de petróleo da última década, que contaminou cinco rios.
O incidente ocorreu após um deslizamento de terra que danificou um oleoduto do Sistema de Oleoduto Transequatoriano (Sote), resultando em vazamento de milhares de barris de petróleo.
O prefeito Ronald Moreno informou que 4.500 famílias estão afetadas, dificultando até a respiração na região. Muitas vivem às margens de rios que agora apresentam manchas negra e oleosa.
Comunidades que dependem da pesca artesanal estão enfrentando grandes dificuldades. “Se isso continuar, ninguém mais poderá pescar”, disse Luis Cabezas, relatando prejuízos de US$ 50 mil.
No povoado de Camarones, a mancha de petróleo impede a saída das embarcações para o mar, causando preocupação sobre as fontes de sustento das famílias.
O prefeito classificou o evento como o "pior derramamento de petróleo" recente, lembrando que outros três desastres ocorreram nos últimos oito anos.
O derramamento, que se estendeu por 32 quilômetros, afetou também o abastecimento de água e as atividades agrícolas das comunidades locais.
O Comitê de Operações de Emergência Nacional (COE) anunciou que o Ministério do Meio Ambiente deve declarar emergência ambiental na província e fechar temporariamente as praias.
Em 2024, o Equador extraiu cerca de 475 mil barris de petróleo por dia, uma de suas principais exportações.