Vazamento de petróleo no Equador deixa ao menos 15 mil afetados
Cidade equatoriana enfrenta crise ambiental após vazamento de petróleo em rios. Prefeito alerta sobre o impacto severo na saúde e na vida das famílias afetadas pela poluição.
Cerca de 15 mil pessoas na cidade equatoriana de Quinindé foram afetadas pela poluição dos rios resultante do "pior" vazamento de petróleo dos últimos anos, conforme declarou o prefeito Ronald Moreno nesta segunda-feira, 17.
Um deslizamento de terra, causado por fortes chuvas, danificou o oleoduto do Sistema Transequatoriano de Oleodutos (Sote) na semana passada. O vazamento atingiu os afluentes na província de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia.
Moreno disse que estão afetadas 4.500 famílias, equivalente a cerca de 15 mil cidadãos que "mal conseguem respirar". Destas, pelo menos 2 mil vivem nas margens dos rios, que estão com água preta e oleosa.
O desastre ocorreu na área de El Vergel e causou estragos em pelo menos cinco rios por 32 quilômetros. As famílias locais não têm água nem meios para realizar atividades agrícolas básicas.
O prefeito ressaltou que este foi o pior vazamento recentes, lembrando de três desastres semelhantes nos últimos oito anos e citou um vazamento anterior também causado por deslizamento.
O Comitê de Operações de Emergência (COE) anunciou que o Ministério do Meio Ambiente deve declarar emergência ambiental em toda a província e no Refúgio de Vida Silvestre do Estuário do Rio Esmeraldas, além de ordenar o fechamento temporário das praias de Las Palmas, Camarones e Las Piedras.