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Veículos do Brasil ficaram quase 30% mais velhos em 10 anos

Crescimento da frota revela aumento na circulação de veículos, mas também evidencia o envelhecimento dos automóveis, que impacta a saúde pública e o meio ambiente. Especialistas apontam que altos preços e baixa renda contribuem para essa situação, refletindo desafios econômicos enfrentados pela população.

A frota de veículos no Brasil aumentou de 55,3 milhões para 62,1 milhões nos últimos dez anos, representando um crescimento de 12%. A média de idade dos veículos subiu de 8 anos e 1 mês em 2014 para 10 anos e 4 meses em 2024, resultando em um aumento de quase 30%.

De acordo com o Sindipeças e o professor Josilmar Cordenonssi, o aumento do envelhecimento da frota é explicado por:

  • Altos preços dos veículos novos;
  • Baixa renda da população;
  • Alta tributação sobre importação, limitando a concorrência.

A única categoria com frota mais nova é a das motos, que cresceu significativamente após a pandemia, especialmente devido à demanda por entregas e serviço de mototáxi.

Professor Luciano Nakabashi sugere que o aumento da frota de caminhões reflete um cenário econômico positivo, enquanto o envelhecimento da frota gera preocupações ambientais, já que veículos mais antigos tendem a ser mais poluentes.

O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa de São Paulo aponta que a combustão de motores movidos a combustíveis fósseis responde por cerca de 60% das emissões na cidade. Isso agrava problemas de saúde como doenças respiratórias e cardiovasculares.

Cordenonssi acrescenta que veículos antigos poluem mais, aumentam os custos de saúde e elevam o risco de acidentes e congestionamentos. Assim, o crescimento da frota de motos e sua idade média reduzida são vistos como uma resposta à limitação do mercado de carros econômicos, segundo Nakabashi.

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