Veja em 5 gráficos onde o tarifaço de Trump deve ter mais impacto na economia brasileira
Tarifa de 50% proposta por Trump deve afetar gravemente a economia brasileira, com perdas bilionárias previstas para setores produtivos. A medida provoca tensão política e pode comprometer a competitividade das exportações brasileiras, especialmente no agronegócio e na indústria.
Tarifa de 50% de Trump sobre exportações brasileiras: Medida surpreende o governo brasileiro e pode causar perdas bilionárias à economia nacional.
O presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 9, propondo uma tarifa de 50% sobre exportações do Brasil. A justificativa envolveu críticas ao tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e à atuação do STF em relação a redes sociais.
Impactos preliminares incluem:
- A banco BTG Pactual estima que a tarifa pode reduzir as exportações em US$ 7 bilhões em 2025 e US$ 13 bilhões em 2026.
- O economista Roberto Dumas prevê perda de pelo menos 0,3 ponto percentual no crescimento do PIB.
Principais produtos afetados: petróleo, ferro, aço, café e suco de laranja
A Embraer, com 23% de receita proveniente das exportações para os EUA, é a mais afetada. Outros afetados incluem:
- Suzano (16,6%);
- Tupy (13,9%);
- Jales (11%);
- Frasle (10,8%);
- Weg (9,1%).
A queda nas exportações pode levar à desvalorização do real e aumentar a inflação, dificultando a redução da Selic. Economistas do Bradesco indicam que a tarifa pode elevar o IPCA em 0,35 ponto percentual em 2025.
O agronegócio é outro setor potencialmente prejudicado, especialmente no café, onde o Brasil detém mais de 30% do mercado americano.
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) aponta que os EUA representaram 41,7% das exportações de suco de laranja. A tarifa adicional representa um aumento de 533% sobre preços já existentes.
Conclusão: a nova tarifa é considerada insustentável para diversos setores da economia brasileira.