Vencedora do Nobel da Paz critica cessar-fogo parcial e diz que Putin não vai parar na Ucrânia
Oleksandra Matviitchuk critica a superficialidade do noticiário sobre o conflito e destaca a urgência de abordar as atrocidades cometidas pela Rússia. A defensora dos direitos humanos ressalta que a verdadeira paz só será alcançada com a restauração da integridade territorial da Ucrânia.
Contexto: Enquanto o noticiário internacional mencionava uma trégua parcial entre Rússia e Ucrânia, a mídia ucraniana exibia cautela após telefonema entre Vladimir Putin e Donald Trump.
Oleksandra Matviitchuk, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2022, expressou ceticismo em relação às negociações de paz. Ela destacou:
- "Putin não concordou com um cessar-fogo temporário."
- "Atos de destruição estão focados em alvos civis, não apenas militares."
Pontos a considerar:
- Objetivos de Putin: O desejo de restaurar o império russo e ocupar a Ucrânia como ponte para a Europa.
- Crianças deportadas: Mais de 20 mil crianças ucranianas foram ilegalmente deportadas para a Rússia.
- Conflito: A ocupação russa resulta em desaparecimentos, tortura e violência.
Acordo de paz: A situação é complexa; Putin quer anexar províncias ucranianas, enquanto a Ucrânia considera isso uma linha vermelha.
Expectativas sobre Trump: Trump busca ser visto como pacificador, mas Matviitchuk ressalta que ocupação não é paz.
Futuro das negociações: Ela reconhece que a força é respeitada; há pouco que a Ucrânia pode fazer sem apoio internacional firme.
Brasil e Tribunal Penal Internacional (TPI): Se Putin participar da cúpula do Brics, pode ser preso, já que o Brasil é signatário do TPI. Matviitchuk espera que o Brasil respeite as obrigações do TPI.
Oleksandra Matviitchuk é advogada de direitos humanos e diretora do Centro para Liberdades Civis na Ucrânia.