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Vencimento de 1,5 mil patentes de remédios vai gerar onda de novos genéricos: veja como a indústria se prepara

Indústria farmacêutica se prepara para uma nova era de genéricos no Brasil, com a expiração de receitas de medicamentos de alto custo. Expectativa é de economia significativa para o SUS e redução nos preços dos remédios para os consumidores.

Indústria farmacêutica brasileira amplia investimentos visando expandir a produção de genéricos e similares nos próximos cinco anos. Até 2030, cerca de 1,5 mil patentes de medicamentos expirarão, permitindo produzir versões 35% mais baratas para tratar 186 doenças, incluindo câncer e diabetes.

A indústria pode aumentar em 20% os genéricos comercializados, atualmente 4,6 mil, com suporte financeiro crescente do BNDES e Finep. Entre 2023 e junho de 2023, o BNDES emprestou R$ 7,8 bilhões, alta de 72% em relação aos quatro anos anteriores.

O Ministério da Saúde destaca a economia esperada com a produção de genéricos, como no caso do eculizumabe, que pode reduzir custos do SUS em 30% a 40%. O setor farmacêutico visa um crescimento anual de 10% nos próximos anos.

A antecipação dos investimentos é crucial. Empresas como Aché e Cimed estão expandindo suas operações e investindo em inovação, prevendo o lançamento de novos produtos em resposta à futura queda das patentes.

O mercado de genéricos faturou R$ 20,4 bilhões em 2022, com 15 dos 20 medicamentos mais prescritos sendo genéricos. E 85% dos itens da Farmácia Popular também pertencem a essa categoria.

Além disso, a farmacêutica Novo Nordisk tenta a extensão da patente do Ozempic, prevista para expirar em março de 2026, em um contexto de insegurança jurídica ao setor. A discussão sobre a autonomia financeira do INPI é fundamental para otimizar os processos de análise de patentes.

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