‘Venda da Eletronuclear pode levar menos de um ano’, diz presidente da Eletrobras
Ivan Monteiro, CEO da Eletrobras, revela preocupação com investidores que adquiriram ações da empresa durante privatização, enquanto destaca a importância de uma visão de longo prazo para a recuperação e modernização da companhia. O executivo também menciona esforços para atrair interessados na venda de ativos nucleares e ressalta os dividendos pagos em 2024.
Eletrobras enfrenta desafios com investidores
O presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, relata sua preocupação com os 300 mil CPFs que adquiriram ações da empresa usando recursos do FGTS durante a privatização há três anos. As ações atualmente operam abaixo dos R$ 42.
Apesar da oscilação das ações, a Eletrobras pagou R$ 4 bilhões em dividendos em 2024. Monteiro classificou a relação entre o desempenho das ações e as mudanças na empresa como "tricky", devido à diferença entre a visão de curto prazo do mercado e os planos de longo prazo da Eletrobras.
Os planos futuros incluem:
- Avanço do plano de investimentos;
- Fortalecimento da comercialização;
- Continuidade na redução de custos;
- Busca por um interessado na fatia da Eletronuclear.
Monteiro espera que o processo para encontrar investidores na Eletronuclear leve até um ano. Ele destaca a necessidade de modernização e a recuperação da capacidade de investimento da empresa após a privatização.
O executivo enfatiza também a importância da nova equipe de comercialização e a adaptação da Eletrobras para atender diretamente os consumidores, além de parcerias com empresas como TIM e Banco do Brasil.
A gestão da Eletrobras é conservadora, preocupando-se com os eventos geopolíticos e a incerteza na economia brasileira, enquanto busca equilibrar investimento e pagamento de dividendos.