Venda de cimento cai 1,7% em junho, mas avança 3,5% no semestre
Crescimento nas vendas de cimento é impulsionado pelo setor imobiliário, mas incertezas econômicas podem afetar o futuro. Enquanto o Nordeste se destaca com aumento de 7,4%, o mês de junho apresenta sinais de recuo.
Crescimento de venda de cimento no Brasil: A venda de cimento cresceu 3,5% nos primeiros seis meses do ano, totalizando 32 milhões de toneladas, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic).
Vendas diárias: O aumento no indicador de vendas por dia útil foi de 5%. Entretanto, em junho, observou-se um recuo anual de 1,7% no volume total vendido, alcançando 5,4 milhões de toneladas.
Setor imobiliário: O aumento no consumo é impulsionado pelo setor imobiliário e um mercado de trabalho aquecido. As projeções futuras são modestas devido à insegurança econômica nacional e global.
Consumo acumulado: Nos últimos 12 meses, o Brasil consumiu 65,7 milhões de toneladas de cimento, um crescimento de 4,5%.
Impactos das tarifas de Trump: O anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump aumenta a tensão no setor. Cimenteiras dependem de produtos importados, como coque de petróleo, que cobre 40% do custo de produção.
Possíveis retaliações: Caso o governo brasileiro decida retaliar, isso poderia afetar ainda mais o setor, considerando que o coque é cotado em dólar.
Coprocessamento: Técnicas de coprocessamento, utilizando materiais alternativos, são vistas como solução para reduzir custos.
Projeções de crescimento: O crescimento esperado para 2025 é de 3,5%, avançando de uma previsão inicial de 2%. Em 2024, o crescimento foi de 3,9%.
Desempenho regional: Em janeiro a junho, todas as regiões cresceram na comercialização de cimento, com destaque para o Nordeste (+7,4%) impulsionado por programas como Minha Casa, Minha Vida. Outras regiões também apresentaram crescimento:
- Sul: +5,5%
- Norte: +4%
- Sudeste: +1,6%
- Centro-Oeste: +1,3%