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Venda de porto no Panamá ameaça comércio com América Latina, diz China

Pequim manifesta preocupações sobre a venda de portos ao grupo americano, destacando riscos para a logística e a cadeia de suprimentos da China. Analistas acreditam que a pressão pode levar Li Ka-shing a reconsiderar o negócio com a BlackRock.

Site do Escritório para Assuntos de Hong Kong, vinculado ao Conselho de Estado da China, republicou em 13 de outubro um artigo crítico do Tai Kung Pao sobre a venda de 43 portos da CK Hutchison para a BlackRock.

A CK Hutchison, controlada pelo bilionário Li Ka-shing, possui portos próximos ao canal do Panamá.

O artigo menciona o temor de Pequim de que a BlackRock possa aumentar custos portuários e ameaçar o transporte chinês de exportações e importações.

A China representa 21% do fluxo de carga no canal, destacando sua importância para as relações entre a China e a América Latina.

Exportadores brasileiros afirmam que suas mercadorias não passam pelo Panamá, mas sim pelo cabo da Boa Esperança.

O texto alerta: "Se o canal for 'americanizado', os EUA usarão para fins políticos" e cita a possibilidade de restrições comerciais que afetariam a China.

A BlackRock controlaria 10,4% dos terminais de contêineres no mundo, o que poderia "cooperar com os EUA na restrição das operações chinesas".

A repercussão do artigo sugere que a venda pode estar em risco, com pressão de Pequim para a revisão do negócio.

Os analistas aconselham que as empresas envolvidas devem reavaliar as implicações geopolíticas e econômicas deste acordo.

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