Vendas da rede Target desabam após boicotes e pessimismo com economia
Resultados fracos da Target refletem insatisfação do consumidor e impacto de políticas de diversidade. A empresa revisou suas projeções de vendas e lucro, intensificando a busca por recuperar a confiança dos clientes.
Vendas da Target no primeiro trimestre caem mais que o esperado, refletindo descontentamento dos consumidores.
As vendas em lojas abertas há pelo menos um ano recuaram 3,8% em comparação ao ano anterior, superando a previsão de 1,7% de queda. Essa é a primeira diminuição em um ano.
O CEO Brian Cornell atribuiu o desempenho fraco ao sentimento do consumidor, preocupações com tarifas de importação e reações negativas a mudanças nas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).
A Target, sediada em Minneapolis, revisou suas projeções de vendas para baixo e anunciou a criação de um "escritório de aceleração corporativa". Duas executivas seniores deixaram a empresa após menos de um ano.
As ações da Target caíram cerca de 7% nas negociações de quarta-feira, acumulando uma queda de 28% no ano.
Enquanto isso, a Walmart viu suas vendas nos EUA crescerem 4,5% no mesmo período.
A Target, que depende da China para 30% de seu sortimento, tentará mitigar os impactos das tarifas diversificando fornecedores.
A empresa reconhece perdas causadas por boicotes devido à reversão das políticas de DEI. Líderes de igrejas negras planejam protestos em 25 de maio, marcando cinco anos da morte de George Floyd.
Cornell reconheceu as dificuldades e a necessidade de reconnectar com os clientes. A Target planeja renovar estoques e lançar mais de 10 mil novos produtos neste verão.
A nova projeção inclui uma "queda de vendas de um dígito baixo", abandonando estimativas anteriores de alta. A receita líquida do trimestre foi de US$ 23,8 bilhões, com lucro líquido de US$ 1 bilhão, impulsionado por um ganho excepcional.
O lucro por ação, excluindo ganhos pontuais, caiu 35,9%.