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Venezuela declara chefe de direitos humanos da ONU persona non grata após relatório sobre violações

Assembleia Nacional da Venezuela condena afirmações do alto comissário da ONU sobre violações de direitos humanos e busca sua saída do país. O regime argumenta que o relatório é uma agressão e solicita investigação contra Türk por supostos crimes.

A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada por aliados de Nicolás Maduro, se reuniu em 1º de outubro para declarar o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, persona non grata.

O presidente da Assembleia, Jorge Rodríguez, afirmou que o país deve se desvincular do Alto Comissariado da ONU. A declaração surgiu após Türk relatar detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados na Venezuela.

O Ministério Público venezuelano apoiou a decisão, afirmando que o relatório de Türk foi uma agressão. Rodríguez também criticou a falta de pronunciamentos sobre os migrantes venezuelanos enviados aos EUA.

Em maio, o escritório de Türk criticou o tratamento recebido por venezuelanos detidos nos EUA, levantando preocupações sobre os direitos humanos.

Rodríguez pediu ao Procurador-Geral, Tarek William Saab, para investigar Türk por crimes na Venezuela. Recentemente, o governo acusou os EUA de sequestrar 18 crianças venezuelanas durante deportações.

A declaração de persona non grata não tem efeito imediato, mas é possível que o governo reforce sua posição ao expulsar o escritório de Türk novamente.

A porta-voz da ONU, Ravina Shamdasani, lamentou a decisão e reafirmou o compromisso da ONU de proteger os direitos humanos dos venezuelanos. Ela destacou que o relatório da ONU foi baseado em metodologia cuidadosa e padrões internacionais.

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