Venezuela desafia Corte Internacional e mantém eleições no Essequibo
Venezuela desobedece ordem da Corte Internacional de Justiça e avança com eleições no Essequibo. O governo de Maduro reafirma sua soberania sobre a região rica em petróleo, ignorando as determinações do tribunal internacional.
Venezuela rejeita suspensão de eleições no Essequibo
Na última sexta-feira (2.mai.2025), a Venezuela desconsiderou uma ordem da Corte Internacional de Justiça para suspender as eleições na região do Essequibo, rica em petróleo.
O governo venezuelano afirmou que “jamais reconhecerá a jurisdição da Corte” e não acatará suas decisões.
Em quinta-feira (1.mai.2025), a Corte determinou que a Venezuela “se abstenha de conduzir ou organizar eleições” na região, após um pedido da Guiana, que contesta o controle do território. A Guiana argumenta que o pleito causaria “prejuízo irreversível”.
Apesar da decisão, a Venezuela planeja realizar eleições em 25 de maio, incluindo a escolha de representantes no território disputado.
As determinações da Corte têm caráter obrigatório, mas não possuem meios para garantir sua execução.
Em dezembro de 2023, a Corte já havia exigido que a Venezuela não tomasse medidas que alterassem a situação do território. A Venezuela realizou um referendo para fortalecer suas reivindicações e aprovar uma lei incorporando a área como o 24º estado do país.
A disputa envolve uma área de 160 mil km² e remonta a um impasse histórico com o Reino Unido e a Guiana. A controvérsia aumentou em 2015, após a descoberta de reservas de petróleo pela ExxonMobil.
Há 4 candidatos registrados para governador da Guiana Esequiba:
- Almirante Neil Villamizar, representante designado de Maduro
- Julio Cesar Pineda, candidato do PSUV
- Héctor Milano, sociólogo
- Alexis Duarte, advogado pela coligação UNT-Única
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, comemorou a decisão da Corte e afirmou que a posição da Guiana “prevaleceu” e está em conformidade com o direito internacional.