Venezuela é o início das ações de Trump contra a esquerda na América Latina, diz especialista
EUA enviam navios de guerra para a costa da Venezuela em meio a tensões por narcotráfico. Especialistas avaliam que ações pontuais podem ocorrer, mas uma invasão é considerada improvável.
A tensão entre Estados Unidos e Venezuela aumentou após o envio de três navios de guerra americanos à costa venezuelana, com a justificativa de combater o tráfico de drogas.
A recompensa por informações sobre o presidente Nicolás Maduro foi elevada para US$ 50 milhões, com acusações de que ele é o chefe de narcotraficantes.
Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais, considera improvável uma invasão, mas ações pontuais como ataques a portos ou aeroportos são possíveis.
O avanço do governo Trump está ligado a duas razões:
- Resposta aos eleitores: Trump busca mostrar resultados no combate ao narcotráfico, e a Venezuela é um alvo menos problemático que o México.
- Papel de Marco Rubio: O secretário de Estado adota uma postura conservadora contra regimes de esquerda na América Latina, com a Venezuela como alvo principal.
Maduro conta com o suporte financeiro da China e militar da Rússia, o que o fortalece diante da pressão internacional.
A posição do Brasil é ambígua: não reconheceu Maduro, mas mantém relações. As Forças Armadas estão preocupadas com os impactos de uma possível guerra civil na Venezuela, especialmente em relação ao fluxo de refugiados.
As eleições na Guiana em setembro podem ser um fator crítico. O movimento dos navios americanos pode ser um alerta para Maduro, que tem interesse no território de Essequibo.