Venezuela ignora cobranças do Brasil por acerto de dívida bilionária
Brasil retoma cobrança de dívida bilionária da Venezuela, mas relação diplomática esfriou. Governo de Lula tenta renegociar pagamentos, mas ausência de respostas de Maduro impede avanço nas negociações.
Maduro ignora cobranças do Brasil sobre dívida bilionária referente a obras e serviços prestados por empresas brasileiras na Venezuela.
Documento da secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, revela que a negociação está suspensa devido à falta de resposta do governo venezuelano.
O montante do calote é de US$ 1,74 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões) e inclui indenizações à União e juros por atraso.
O governo brasileiro retomou a cobrança por meio diplomático e comunicações diretas ao Ministério da Economia da Venezuela.
Além disso, quatro parcelas de cerca de US$ 16 milhões devem ser indenizadas até junho, com juros até que a dívida seja quitada.
Historicamente, o BNDES financiou obras em países como a Venezuela, utilizando o Fundo de Garantia à Exportação (FGE) em casos de calote.
A relação entre Lula e o chavismo enfrenta crise após o vetado ingresso da Venezuela no Brics, apesar de tentativas de negociação de dívidas durante o governo atual.
Conversas entre Lula e Maduro sobre a renegociação da dívida ocorreram em várias ocasiões, incluindo discussões sobre um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos.
Lula criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela falta de cobrança e reafirmou a confiança na quitação da dívida por parte dos países aliados.