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Venezuela recusa decisão de tribunal da ONU para desistir de eleição na Guiana

Venezuela reafirma sua posição de não reconhecimento da Corte Internacional de Justiça, desconsiderando ordens sobre eleições na região disputada de Essequibo. O governo de Nicolás Maduro argumenta que o direito internacional não permite a interferência do tribunal nas decisões internas do país.

Governo da Venezuela rejeita decisão da Corte Internacional de Justiça

No dia 2 de fevereiro, o governo de Nicolás Maduro desconsiderou uma ordem da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que proíbe eleições para confiar a supervisão de uma região rica em recursos naturais na Guiana.

O comunicado oficial afirma a não aceitação da CIJ, alegando que o direito internacional não permite a interferência do tribunal nem a proibição de eleições.

A decisão da CIJ foi solicitada pela Guiana, que alega que a Venezuela estaria violando uma ordem anterior ao planejar um pleito no dia 25 de fevereiro para eleger um governador e funcionários da região de Essequibo.

Essequibo representa dois terços do território guianense e é rico em ouro, gás, diamantes e possui depósitos de petróleo offshore, com produção média de 650 mil barris por dia.

A Venezuela considera Essequibo parte de seu território, com base em limites estabelecidos no período colonial espanhol, e rejeita a fronteira definida por árbitros internacionais em 1899.

A Guiana recorreu ao tribunal em 2018, buscando validar a decisão de 1899, enquanto a Venezuela defende que um acordo de 1966 anulou a arbitragem.

O caso permanece pendente no tribunal, em meio ao aumento das tensões entre os dois países.

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