Verde vê mérito em IR para aplicações, mas diz que governo “joga conta para frente”
Gestora avalia que proposta de reforma tributária é válida, mas ressalta a falta de articulação e controle fiscal do governo. Apesar de desafios, fundo Verde apresenta rentabilidade superior ao CDI em maio e acumula alta significativa no ano.
A Verde Asset Management, liderada por Luís Stuhlberger, avaliou a proposta do governo sobre a tributação de investimentos, destacando seus méritos para reduzir distorções, mas criticou a falta de articulação e controle fiscal.
A gestora afirmou que, apesar dos méritos, a situação atual é “indigesta” devido à ausência de sinais de controle sobre gastos. O comentário surgiu no contexto da proposta de reforma tributária, em meio a negociações no Congresso, onde a Verde acredita que não sairá um aumento substancial de receitas.
A gestora também destacou que o otimismo do mercado brasileiro se depara com a dificuldade fiscal. No cenário internacional, em maio, os riscos de um conflito comercial diminuíram após os EUA e o Reino Unido firmarem um acordo.
Apesar de um crescimento de 9,04% no Nasdaq, a Verde obteve ganhos em posições ligadas à inflação nos EUA e criptomoedas, admitindo que não previu a celeridade do governo Trump em ceder.
No mês de maio, o fundo Verde teve uma rentabilidade de 1,31%, superando o CDI de 1,14%, e acumulou uma alta de 6,12% no ano, acima do CDI de 5,26%.
- Contribuições positivas: juros reais brasileiros, inflação americana, criptoativos e ações locais.
- Perdas: proteções em bolsa global, livro de moedas e posição em ouro.
A Verde mantém posição zerada em bolsa brasileira e levemente vendida em bolsa global, com posições compradas em juros reais no Brasil e ajuste nas alocações nos EUA, mantendo posições em euro, real e ouro.