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Viagens urgentes de servidores federais chegam a 70% do total e elevam gastos do governo

Custo das viagens urgentes de servidores públicos cresce expressivamente, representando 70% dos voos do governo. Especialistas apontam falta de planejamento como um dos principais fatores por trás do aumento das despesas.

Viagens urgentes de servidores públicos representam cerca de 70% dos voos do governo federal desde 2021, totalizando mais de R$ 5,2 bilhões gastos com passagens e diárias.

O crescimento das viagens urgentes foi de 58% de 2021 a 2022 e 30% de 2022 a 2023. Em 2024, houve uma queda de 12%.

A análise da Folha incluiu dados de 2,4 milhões de viagens desde 2020. A CGU implementou a classificação das viagens em 2019.

A comparação entre os preços de passagens de viagens urgentes e não urgentes mostrou que:

  • 86% das passagens urgentes eram mais caras.
  • Voos nacionais custaram mais em 89% das vezes.
  • Voos internacionais custaram mais em 72% dos casos.

Exemplos de custos:

  • Passagem urgente para Buenos Aires: R$ 8.165
  • Passagem não urgente: R$ 1.473
  • Passagem urgente para Rio Branco: R$ 5.234
  • Passagem não urgente: R$ 1.743

Especialistas apontam uma cultura de falta de planejamento no setor público, o que eleva os custos.

Entre os órgãos que mais gastam estão:

  • Vice-Presidência da República
  • Funai e
  • Institutos Federais, como o IF Baiano, que lidera a lista.

A Vice-Presidência, com 98% de viagens urgentes entre 2023 e 2024, diz priorizar a economicidade.

A professora Mariana Aldrigui defende a necessidade de planejamento prévio para reduzir gastos e sugere a presença de um gestor de viagens no setor público.

Ela critica também o excesso de viagens desnecessárias, que podem ser substituídas por reuniões online, sugerindo que a gestão pública é ainda arcaica e protocolar.

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