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Vibra começa a vender SAF, o combustível sustentável para aviões que pode reduzir as emissões do setor

A Vibra inicia a venda de querosene de aviação sustentável no Brasil, com o objetivo de atender a nova legislação que obrigará a mistura do SAF até 2027. O combustível, importado e produzido a partir de óleo usado de cozinha, será disponibilizado inicialmente no Aeroporto Galeão, com planos de expansão para outras cidades.

A Vibra (ex-BR Distribuidora) começará a vender querosene de aviação sustentável (SAF) no Brasil. O combustível, feito a partir de óleo usado de cozinha, será importado, pois a produção nacional ainda não foi iniciada.

Esse movimento é parte de um investimento anual de R$ 500 milhões em infraestrutura.

O SAF será misturado ao querosene de aviação fóssil (QAV) utilizado pelas empresas aéreas. A meta é que a mistura obrigatória comece em 2027 com 1%, atingindo 10% até 2037.

Na Europa, a mistura já é exigida, com 2% em 2023 e 5% previsto para 2026. Nos EUA, as discussões estão em andamento.

Inicialmente, o SAF estará disponível no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão, Rio de Janeiro). A Vibra planeja expandir a distribuição para São Paulo, Brasília e Salvador ainda este ano, e já iniciou negociações com várias companhias aéreas.

A demanda será influenciada pelo custo, já que o SAF é 2,5 a 3 vezes mais caro que o QAV fóssil. Marcelo Bragança, vice-presidente executivo da Vibra, acredita que o processo produtivo se tornará mais competitivo ao longo do tempo.

O processo de importação do SAF levou 10 meses. Em janeiro, 23 isotanques com 550 mil litros partiram da Bélgica para o Brasil.

A Vibra detém 60% de participação no mercado de aviação e está pronta para oferecer SAF, com infraestrutura em mais de 90 aeroportos e autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Atualmente, o SAF representa apenas 1,5% da demanda global de combustível de aviação, com poucos produtores disponíveis. No Brasil, a Petrobras e outras refinarias têm potencial para iniciar a produção nos próximos anos, com a Petrobras planejando começar entre 2027 e 2028.

Bragança ressalta que o Brasil tem capacidade para ser um hub exportador de SAF, com tecnologia em desenvolvimento para produzir o combustível a partir de óleo de soja, palma e macaúba, além de explorar a produção a partir de etanol.

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