Vibra, Raízen e Ipiranga perderam 3% de share para a informalidade em 16 meses
Bradesco alerta que, apesar dos avanços na legislação de combustíveis, a informalidade persiste e estados são cruciais na fiscalização. Informações apontam que distribuidoras ilegais dominam 13% do mercado de etanol e fragrâncias, com crescimento das irregularidades em locais como Mato Grosso e Pará.
A legislação brasileira avança para reduzir a informalidade na distribuição de combustíveis, segundo relatório do Bradesco.
O banco observa que três grandes distribuidoras — Raízen, Vibra e Ultrapar — perderam 3% de market share entre janeiro de 2024 e abril de 2025, especialmente nos estados onde atividades ilegais são comuns.
A fiscalização é crucial, com ênfase na colaboração entre estados e a Receita Federal. O relatório destaca a resistência de algumas receitas estaduais em compartilhar informações.
Atualmente, 38 distribuidoras não regularizadas estão ativas, detendo:
- 13% do mercado de etanol;
- 6% do mercado de gasolina;
- 7% do mercado de diesel.
Mato Grosso, Pará e Rio de Janeiro são apontados como exemplos negativos, com aumento nas irregularidades:
- Mato Grosso: +6,5 pontos percentuais;
- Pará: +8,4 pontos, com práticas ilegais de importação;
- Rio de Janeiro: +5,3 pontos, com formuladores de gasolina que não cumprem a legislação.
O Bradesco observa que simplesmente revogar autorizações de formuladores informais não resolve o problema, pois novos surgem rapidamente. A participação da Copape, que teve atividades suspensas, caiu para outras empresas no mesmo segmento.
Minas Gerais é destacada como um estado mobilizado contra a informalidade, com governança focada na entrada de nafta petroquímica e monitoramento de formuladores.
A Secretaria de Fazenda de Minas controla distribuidoras com sistemas de monitoramento em tempo real, mas as três grandes distribuidoras ainda perderam 2% de participação de mercado entre janeiro do ano passado e abril deste ano.
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