Vibra, Raízen e Ipiranga perderam 3% de share para os informais em 16 meses
Bradesco aponta que a informalidade no setor de combustíveis persiste e destaca a importância da colaboração entre estados e a Receita Federal na fiscalização. Mato Grosso, Pará e Rio de Janeiro são os principais focos de irregularidades, com crescimento significativo nas fraudes.
A legislação brasileira avança para reduzir a informalidade na distribuição de combustíveis, mas a fiscalização precisa aumentar. Essa é a opinião do Bradesco em um relatório sobre o setor.
O banco aponta que as três grandes distribuidoras — Raízen, Vibra e Ultrapar — perderam 3% de market share entre janeiro de 2024 e abril de 2025, principalmente em estados com atividades ilegais, como a não mistura de biodiesel e gasolina sem impostos.
Os analistas destacam que os estados e a Receita Federal devem trabalhar juntos para combater essas irregularidades. Há uma resistência de algumas receitas estaduais em compartilhar documentos com órgãos reguladores.
Atualmente, 38 distribuidoras não regularizadas estão ativas, controlando 13% do mercado de etanol, 6% da gasolina e 7% do diesel.
- Mato Grosso: irregularidades aumentaram 6,5 pontos percentuais.
- Pará: crescimento de 8,4 pontos em fraudes.
- Rio de Janeiro: aumento de 5,3 pontos em irregularidades.
Além disso, o Bradesco observa que revogar a autorização de formuladores informais não resolve a questão, pois novos surgem rapidamente.
Em Minas Gerais, o Governo está focado na invasão do crime organizado e em práticas ilegais de venda de gasolina. A Secretaria de Fazenda controla formuladores com sistemas de monitoramento e limita o número de distribuidoras.
Contudo, as três grandes distribuidoras também perderam 2% de participação de mercado em Minas entre janeiro do ano passado e abril deste ano.
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