Vibra (VBBR3): faz sentido comprar a Moove da Cosan? Veja a opinião de analistas
Analistas da Itaú BBA avaliam que a aquisição pode ser benéfica para a Cosan, mas também traz riscos de alavancagem para a Vibra. A transação está cercada de incertezas, especialmente após o incêndio na planta da Moove no Rio de Janeiro.
Rumores sobre aquisição da Moove pela Vibra geram impactos mistos
O Itaú BBA avalia que a potencial aquisição da Moove, controlada pela Cosan (CSAN3), pela Vibra (VBBR3) seria positiva para a Cosan, alinhando-se a sua estratégia de desalavancagem.
No entanto, para a Vibra, o cenário não é tão claro. A aquisição poderia complementar a estrutura da Vibra no mercado de lubrificantes, mas traz incertezas devido ao incêndio na planta da Moove e possíveis riscos operacionais em mercados internacionais.
A Cosan afirmou que está em conversas sobre seus ativos, mas não existem acordos firmados.
O BBA projeta que a alavancagem da nova empresa pode ficar entre 3,2 a 3,7 vezes, o que é considerado elevado e contrário ao objetivo de ter menor alavancagem.
O Bradesco BBI acredita que a reação do mercado seria negativa, principalmente por preocupações com a alavancagem. No entanto, um preço atrativo poderia amenizar esse impacto.
- Avaliação do ativo deve ser cuidadosa para evitar excessos na alavancagem.
- A unidade da Moove afetada pelo incêndio deve ser excluída das negociações.
- A capacidade ociosa da Vibra é de 220 mil m³/ano, potencialmente gerando até R$ 400 milhões em EBITDA.
O BBI destaca que a Moove tem sinergias significativas com operações brasileiras da Vibra, além de um suporte técnico que a Vibra ainda não possui.
O banco precisa negociar condições favoráveis, já que a Cosan é resistente a desinvestir ativos de qualidade por preços baixos, o que pode dificultar a transação.
Por fim, o BBI reafirma a recomendação de compra para a Vibra, com preço-alvo de R$ 27.