Vinci Compass compra 70% das ações da Changi no Galeão

A Vinci Compass assinou um acordo para adquirir 70% da participação da Changi na concessionária RIOgaleão, que gere o aeroporto internacional do Rio de Janeiro.

O grupo Changi possuía 51% da RIOgaleão e a Infraero detém os 49% restantes. Com a compra, a Vinci terá 35,7% e a Changi 15,3% do controle privado, dentro da holding RJA.

A Infraero permanecerá como maior acionista individual, mas a Vinci planeja participar do leilão para adquirir a fatia da Infraero no próximo ano, assumindo o controle total da concessionária.

Além disso, o management da RIOgaleão deverá se tornar acionista através de um programa de stock options.

Os pedidos de aprovação do acordo foram submetidos à Anac e ao Cade, e a expectativa é de que o processo seja rápido, já que não há concentração de mercado.

Este é o primeiro investimento da Vinci no setor aeroportuário, após anos analisando oportunidades na área. “Estamos efetivamente negociando há oito meses”, afirmou José Guilherme Souza, sócio da Vinci Compass.

O valor do acordo não foi divulgado, mas será financiado através de um fundo de infraestrutura já levantado pela Vinci.

A RIOgaleão opera o Galeão desde 2013, enfrentando desafios como a saída da Odebrecht, a pandemia e a competição com o aeroporto Santos Dumont.

Um novo acordo com o poder concedente está previsto para o leilão que acontecerá no início de 2026, com um valor mínimo de R$ 932 milhões. A nova concessionária pagará à União uma contribuição variável de 20% do faturamento bruto até 2039.

Apesar da competição no leilão, a Changi deverá apresentar uma proposta alinhada com a Vinci, segundo estabelecido no acordo entre concessionária e órgãos reguladores.

“A reestruturação do contrato trouxe uma nova configuração para o Galeão”, disse Alexandre Monteiro, presidente da RIOgaleão, destacando a recuperação do setor e os resultados positivos nos últimos anos.

A concessão se estende até 2039.