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Vinhos ou carros? Bernard Arnault critica prioridades da UE em negociação com os EUA

Arnault pressionou a UE por um acordo com os EUA para proteger os vinicultores, destacando as consequências sociais e econômicas de possíveis tarifas. Ele criticou a burocracia europeia e alertou sobre o impacto das tarifas na demanda por produtos de luxo.

Bernard Arnault, bilionário francês e CEO da LVMH, pediu à União Europeia que chegue a um acordo com os EUA sobre tarifas que impactam os produtores de vinho da região.

Em discurso na reunião anual da LVMH, Arnault criticou a falta de pressão da UE para resolver as diferenças comerciais. A UE e os EUA avançaram pouco nas negociações, com autoridades americanas indicando que as tarifas atuais provavelmente não serão removidas.

Arnault alertou que a falta de acordo teria consequências sociais dramáticas para a cultura vinícola. Ele destacou que as tarifas de 10% impostas sobre as importações da UE pelo governo Trump contribuíram para um panorama negativo no setor.

O executivo defendeu a criação de uma zona de livre comércio entre a UE e os EUA, criticando a burocracia da Comissão Europeia e a falta de clareza nas regulamentações.

Arnault também informou que a divisão de bebidas alcoólicas da LVMH teve um desempenho ruim, com uma queda de 9% nas vendas no primeiro trimestre, devido ao impasse tarifário.

Ele enfatizou que os produtores de vinho franceses são essenciais e precisa-se de um acordo eficaz, assim como o que se pretende para as montadoras alemãs.

Se as tarifas aumentarem, a LVMH poderá precisar aumentar a produção nos EUA para evitar impostos, colocando a responsabilidade da situação nas mãos de Bruxelas.

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