Vitória na Suprema Corte abre caminho para Trump acabar com cidadania por nascimento nos EUA
Decisão da Suprema Corte poderá impactar direitos de cidadania por nascimento nos Estados Unidos. A medida, celebrada por Trump, ainda deixa questões constitucionais em aberto.
A Suprema Corte dos EUA decidiu, em votação de 6 a 3, que limita a autoridade de juízes para bloquear ordens do presidente Donald Trump.
Trump chamou a decisão de uma "grande vitória". A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que as medidas cautelares contra o presidente serão interrompidas.
A decisão advém da ordem de Trump de eliminar o direito à cidadania por nascimento para filhos de imigrantes sem documentos. A maioria conservadora da corte, composta por juízes nomeados em parte por Trump, viu a decisão como uma abertura para o governo ignorar a Constituição.
A decisão permite a entrada em vigor parcial do decreto que extingue a cidadania automática, sem resolver a questão da sua constitucionalidade. O debate jurídico deverá prosseguir.
Trump reagiu rapidamente: "GRANDE VITÓRIA na Suprema Corte dos Estados Unidos!" postou em sua plataforma Truth Social, ressaltando que a cidadania por nascimento foi uma política pensada para ex-escravizados, não relacionada à imigração ilegal.
Contexto Histórico:
- A 14ª Emenda, aprovada em 1868, garantiu cidadania para ex-escravizados e seus filhos.
- Em 1898, Wong Kim Ark vs EUA reafirmou a cidadania a filhos de imigrantes nascidos nos EUA.
- Críticos afirmam que essa política atrai imigração ilegal; defensores argumentam que faz parte da essência do país.
Em 2022, havia 1,2 milhão de cidadãos americanos nascidos de pais imigrantes não autorizados, segundo o Pew Research Center.
Essa reportagem está em atualização.