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Volume de serviços do Brasil volta a cair em janeiro sob pressão de transportes

O setor de serviços no Brasil começa 2025 com queda de 0,2%, evidenciando os impactos de uma política monetária restritiva. Apesar de um crescimento anual de 1,6%, a tendência de desaceleração reflete a pressão da alta da taxa de juros sobre a atividade econômica.

Volume de serviços no Brasil recua em janeiro, apresentando queda de 0,2% em relação a dezembro. A expectativa era de uma redução de apenas 0,1%.

Dados do IBGE revelam que, na comparação com janeiro do ano anterior, houve um crescimento de 1,6%, abaixo da projeção de 1,9%.

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, destaca: “Após o pico em outubro de 2024, o setor acumulou perda de 1,1% nos últimos três meses, devido à alta margem de comparação”. Em 2024, o setor de serviços cresceu 3,7%, mas enfrenta desafios em 2025 com a alta da taxa de juros.

A Selic está em 13,25% ao ano, e um novo aumento de 1 ponto percentual é previsto para este mês. André Valério, economista sênior, afirma que a queda de janeiro reflete uma acomodação no ritmo da economia, com piora tanto nos serviços relacionados à demanda quanto à oferta.

Os serviços de transportes caíram 1,8%, com perdas significativas em setores como dutoviário, aéreo e ferroviário. Outras quedas foram nos serviços prestados às famílias (-2,4%) e profissionais e administrativos (-0,5%).

Por outro lado, os únicos setores com avanço em janeiro foram informação e comunicação e outros serviços, ambos com alta de 2,3%.

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