Wajngarten e advogado de Bolsonaro depõem à PF sobre obstrução em ação sobre golpe
Depoimentos são parte da investigação sobre uma suposta obstrução de Justiça relacionada à delação do tenente-coronel Mauro Cid. O ministro Alexandre de Moraes ordenou as oitivas após revelações de contatos indevidos entre advogados e familiares do delator.
Polícia Federal ouve hoje advogados de Jair Bolsonaro e ex-assessor na investigação sobre o tenente-coronel Mauro Cid.
O ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, e o advogado Eduardo Kuntz, representando o coronel Marcelo Câmara, prestarão depoimentos simultâneos na PF em São Paulo.
As oitivas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Esteve em pauta a violação do sigilo da delação de Cid, que negou contato por Instagram sobre seu acordo.
Durante um interrogatório no STF, Cid afirmou não conhecer um perfil chamado “GabrielaR702”, que seria de sua esposa. No entanto, mensagens atribuídas a esse perfil foram publicadas pela revista Veja.
Moraes autorizou investigação sobre as mensagens e pediu dados à Meta. Ele também mandou prender Câmara e abrir investigação por obstrução de Justiça.
Documentos da Meta mostram conversas entre Kuntz, o perfil “GabrielaR702” e advogado de Bolsonaro, Paulo Amador Cunha Bueno.
A defesa de Cid alega que Kuntz e Wajngarten tentaram contato com a família de Cid, incluindo abordagens à sua mãe. Em resposta, Wajngarten declarou na rede social X que a “criminalização da advocacia” é uma tentativa de ocultar a falta de voluntariedade do réu.