Wall Street tem novo tombo com guerra de tarifas, e S&P 500 entra em território de correção
O S&P 500 enfrenta uma correção significativa em meio a incertezas sobre políticas comerciais e inflação nos Estados Unidos. As quedas das ações de tecnologia destacam a fragilidade do mercado, com investidores preocupados com o impacto de tarifas e possíveis recessões.
O S&P 500 entrou em território de correção nesta quinta-feira (13), caindo 1,39% para 5.521 pontos, marcando uma queda de mais de 10% desde o fechamento recorde do mês passado.
O Dow Jones recuou mais de 1% e o Nasdaq Composite encerrou com quase 2% de queda.
Investidores estão ansiosos quanto à política comercial do governo Trump e à inflação nos EUA. Preocupações com um crescimento econômico mais lento e taxas de juros afetaram a confiança do mercado, levando a aumentos nas previsões de recessão por bancos de investimento.
Trump ameaçou escalar uma guerra comercial com a UE, impondo tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas, em resposta à tarifa de 50% da UE sobre uísque dos EUA. Funcionários do governo defendem agressividade nas tarifas, apesar da volatilidade do mercado.
O próprio Trump indicou que uma recessão pode ser possível e uma postura cautelosa é justificada, afirmando que os resultados de suas políticas levarão tempo para aparecer.
Embora dados positivos tenham sido divulgados, como a estabilidade do índice de preços ao produtor, as expectativas para a inflação dependem mais das tarifas do que de dados econômicos passados.
Os varejistas estão preocupados com as tarifas de Trump e uma série de empresas já reduziu previsões para o ano, citando pressão econômica e tarifária.
As quedas recentes impactaram especialmente o setor de tecnologia, com seis das chamadas ações Magnificent 7 —Alphabet, Amazon, Apple, Microsoft, Nvidia e Tesla— registrando queda de 10% ou mais em 2023, enquanto apenas Meta teve leve alta no mesmo período.