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Washington só ganhou direito de eleger prefeito há 52 anos; Trump é primeiro a federalizar polícia

Moradores de Washington temem retrocessos em sua autonomia após a intervenção do presidente Trump, que enviou tropas e assumiu controle da polícia local. A decisão reascende discussões sobre a revisão da Lei de Autonomia, que estabelece a peculiar governança da capital dos EUA.

Interferência de Trump em Washington cria tensões

A recente decisão do presidente Donald Trump de enviar tropas da Guarda Nacional para Washington D.C. gerou receios entre os moradores sobre possíveis ataques à autonomia da cidade.

Washington D.C. possui um status único desde sua criação em 1800, sendo um distrito sem o status de estado ou cidade.

Após mais de 50 anos sem um prefeito republicano, Trump afirmou que a criminalidade na região está "fora de controle", levando-o a tomar o controle da polícia metropolitana local por 30 dias.

Um grupo de aliados de Trump no Congresso deseja revisar a Lei de Autonomia, enquanto a maioria dos moradores e democratas pleiteiam transformar a cidade em um estado.

Em referendo de 2016, 85% da população votou a favor da transformação em estado, mas não obteve aprovação no Congresso. Protestos estão sendo realizados contra as ações do presidente.

A prefeita Muriel Bowser considerou a ação de Trump "sem precedentes", a primeira interferência do presidente desde a aprovação da Lei de Autonomia em 1973.

Essa lei permitiu que os moradores elegessem um prefeito, mas ainda sem representação plena no Congresso. O modelo anterior de governança, criado por comissões indicadas pelo presidente, foi mantido por quase 100 anos.

O movimento por autonomia ganhou força durante a luta pelos direitos civis no século 20, resultando na Lei de Autonomia.

Desde a promulgação da lei, as leis locais precisam da revisão do Congresso. Os juízes em Washington são nomeados pelo presidente, e a prefeitura não controla a Guarda Nacional, que é acionada pelo governo federal.

A federalização da polícia metropolitana, como ocorre com a Guarda Nacional, só se mantém por 30 dias a menos que seja aprovada pelo Congresso.

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