WEG (WEGE3): quais as perspectivas para ação em meio a tempos incertos?
Itaú BBA projeta desempenho financeiro pressionado para a WEG no curto prazo, enquanto XP Investimentos avalia riscos de queda nas expectativas de lucro. Apesar da melhora nas margens no 2T25, recomendações cautelosas permanecem diante do cenário macroeconômico incerto.
Itaú BBA se reuniu com o CFO e o gerente de RI da WEG (WEGE3) e concluiu que o desempenho financeiro da companhia deve permanecer pressionado no curto prazo.
Às 10h39, a ação subia 2,93%, cotada a R$ 42,92.
Para o 2T25, o Itaú BBA prevê alguma melhora sequencial nas margens, mas sem expectativa de aceleração nas taxas de crescimento devido a:
- Altas bases comparativas em Regal e T&D (Transmissão e Distribuição de energia)
- Entrada de pedidos ainda gradual
Apesar de considerar a WEG promissora, o banco não recomenda entrar no papel no momento. A ação negocia a 22,5 vezes Preço/Lucro para 2026, abaixo da média histórica de 27 vezes, mas o múltiplo não justifica reavaliação. Recomendações:
- Recomendação de compra
- Preço-alvo de R$ 65
A XP Investimentos vê um ambiente de demanda forte por T&D, mas aponta riscos devido a:
- Valorização do real
- Macroeconomia incerta
A XP projeta crescimento da receita desacelerando em 2026, embora novos investimentos em T&D devem garantir altos níveis de crescimento a partir de 2027.
Em tom positivo, espera-se melhora nas margens nos próximos trimestres, com uma sazonalidade favorável e menos projetos solares, sustentando a rentabilidade acima do observado no 1T25.
No geral, a XP enxerga mais riscos de queda do que de alta, considerando o lucro líquido esperado de R$ 7,2 bilhões para 2025.