Wolney Queiroz e Sergio Moro trocam acusações no Congresso sobre fraudes no INSS
Ministro da Previdência e senador trocam farpas sobre fraudes no INSS. O embate revela tentativas de desvio de responsabilidades entre as gestões.
Ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR) protagonizaram uma troca de acusações em sessão no Congresso em 15 de outubro.
O embate começou quando Queiroz questionou Moro sobre fraudes no INSS desde 2020, quando Moro era ministro da Justiça.
Queiroz afirmou que denúncias de descontos indevidos foram feitas à Polícia Federal em 2020. Ele questionou: “Fez algo para coibir essas fraudes?”
Moro respondeu que nunca teve conhecimento das denúncias enquanto no cargo. Ele afirmou: “Os fatos nunca foram informados a mim”.
Queiroz insistiu em responsabilizar Moro, destacando que ele deveria ter monitorado as denúncias.
Moro, por sua vez, acusou o governo atual de transferir responsabilidades às gestões passadas, afirmando: “Vossa Excelência ficou sabendo e não fez nada”.
A tensão aumentou quando Queiroz sugeriu que Moro, como ministro, tinha a obrigação de estar informado sobre as fraudes.
Moro criticou a gestão atual, alegando que a Polícia Federal foi acionada apenas em 2023, três anos após as primeiras denúncias.
O embate ocorre em meio à polêmica sobre descontos indevidos em benefícios do INSS, que resultaram em prejuízos bilionários.
Queiroz, como ministro, busca se distanciar das críticas, enquanto Moro defende que não foi informado sobre os problemas.
Este conflito evidencia a tensão política em relação à gestão do sistema previdenciário e dos escândalos envolvendo o INSS.