Xi e Putin criticam Israel por ataques ao Irã; Rússia cita risco de repetir Tchernóbil
Putin e Xi pedem a cessação imediata dos ataques e enfatizam a necessidade de soluções diplomáticas para o conflito. Ambos alertam sobre os riscos de uma escalada que poderia resultar em uma catástrofe humanitária e nuclear.
Putin e Xi Jinping condenam Israel pelos ataques ao Irã e pedem a desescalada do conflito, conforme comunicado do Kremlin após conversa telefônica nesta quinta-feira (19).
Os líderes afirmam que as ações de Israel violam a Carta da ONU e o direito internacional. Iuri Uchakov, assessor do Kremlin, destacou que tanto Rússia quanto China acreditam que a solução deve ser política e diplomática, sem opções militares.
Xi, sem mencionar os Estados Unidos, pediu que "grandes países" intensifiquem esforços diplomáticos para acalmar a situação. Ele enfatizou a necessidade de cessar os combates rapidamente para evitar a propagação da guerra e pediu proteção aos civis, incluindo facilitação da retirada de cidadãos.
A Rússia alertou para a possibilidade de uma catástrofe se o conflito se agravar e pediu aos EUA que não se juntem ao bombardeio de Israel. Putin revelou que Israel assegurou a segurança dos trabalhadores russos em instalação nuclear no Irã.
Alexei Likhatchev, da Rosatom, advertiu sobre os riscos da situação e comparou um potencial ataque a uma catástrofe como Tchernóbil.
Putin tem se comunicado com líderes como Donald Trump e Binyamin Netanyahu, reiterando a disposição da Rússia para mediar o conflito. Xi expressou apoio à ideia, segundo Uchakov, embora a leitura oficial chinesa não tenha mencionado isso.
A China tem fortalecido seus laços com o Irã, estendendo linha de crédito e comprando a maior parte do petróleo bruto iraniano.