Xi Jinping diz que não há vencedores em guerra tarifária, após acordo com Trump
Xi Jinping destaca a importância da cooperação entre China e América Latina em meio a disputas comerciais globais. Presidente chinês anuncia iniciativas de financiamento e intercâmbio educacional para fortalecer laços regionais.
Presidentes da China e América Latina
No dia 13 de outubro, o presidente da China, Xi Jinping, declarou que “não há vencedores em guerras tarifárias ou comerciais” durante o Fórum ministerial China-Celac, em Pequim, que conta com a presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Xi anunciou uma linha de financiamento de US$ 9,1 bilhões e a isenção de vistos para cinco países, além de milhares de bolsas de estudos para a América Latina e Caribe.
Embora não tenha mencionado Donald Trump diretamente, ele criticou a intimidação e hegemonismo, sugerindo a necessidade de união entre as nações.
Guerra comercial:
- Recentemente, China e EUA chegaram a um acordo na Suíça para reduzir tarifas recíprocas por 90 dias.
- Taxas chinesas caíram de 145% para 30% e taxas americanas de 125% para 10%.
O Palácio do Planalto vê o acordo como um sinal positivo, mas conselheiros ressaltam a volatilidade de Trump.
Xi defendeu a cooperação global e afirmou que a China e a América Latina podem se unir contra o unilateralismo e protecionismo.
Programas de cooperação:
- Aumento nas importações de produtos latinos.
- Incentivo a investimentos chineses na região.
- Convite anual a 300 políticos até 2028.
Xi também anunciou 3,5 mil bolsas de estudo governamentais e 10 mil vagas de treinamento. Ele prometerá eliminar a exigência de vistos para cinco países latino-americanos, sem especificar quais.
O líder chinês lembrou a parceria com o Brasil em satélites e seu apoio a iniciativas como o embargo dos EUA à Cuba.
Ao final, Xi destacou o apoio ao princípio de uma só China, essencial para sua posição sobre Taiwan, e mencionou a iniciativa de paz entre a Rússia e a Ucrânia, proposta por Brasil e China.