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Xi Jinping tenta colocar fim à deflação na China, mas pode comprar briga com elites locais

Xi Jinping busca estabilidade econômica ao reprimir práticas de competição predatória em setores-chave. A nova política visa incentivar a inovação e o valor agregado, enfrentando a deflação e os desafios do consumo interno.

Presidente chinês Xi Jinping inicia ofensiva econômica contra a disputa por preços baixos em setores estratégicos.

A decisão surge em meio à crescente preocupação com a deflação e riscos de desaceleração industrial, afetando a estabilidade da segunda maior economia do mundo.

O Comitê Central de Assuntos Econômicos, liderado por Xi, orienta empresas a reprimir a competição baseada em preços predatórios, focando nos setores automotivo, solar e siderurgia.

A iniciativa inclui:

  • Limitação da produção em excesso
  • Incentivo a fusões
  • Fechamento de unidades obsoletas ou poluentes

Dados indicam que 25 dos 30 principais setores industriais sofreram queda nos preços em maio, com quedas acentuadas em áreas como mineração e siderurgia.

A deflação industrial corrói margens de lucro e desestimula investimentos, aprofundando a “involução econômica” definida por Xi.

Exemplos incluem o setor de veículos elétricos, onde montadoras locais oferecem modelos por menos de US$ 8 mil, gerando pressão sobre as empresas menores.

Entre 2012 e 2016, reformas promovidas pelo governo resultaram em aumento dos preços industriais após anos em queda, mas agora o cenário é mais complexo devido à demanda interna fraca e instabilidade no setor imobiliário.

A nova política poderá gerar embates políticos com governos locais, que buscam manter a capacidade produtiva e subsidiam empresas.

O foco será em inovação e estabilidade de preços nos setores estratégicos, com empresas sendo convocadas a desenvolver mecanismos de autorregulação.

O comércio eletrônico também será regulamentado para impedir reduções excessivas de preços por plataformas.

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