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XP: Crise do IOF expõe desafio do governo para arrecadar sem atrito com Congresso

Governo e Congresso enfrentam prazos apertados para negociar alternativas à elevação do IOF, enquanto a resistência crescente pode impactar emendas parlamentares. Discussões paralelas sobre venda de ativos e reforma do Imposto de Renda também ganham destaque no cenário político e fiscal.

Embate político: Aumento das alíquotas do IOF gerou tensões em Brasília.

O governo e o Congresso têm um prazo de dez dias para negociar uma alternativa ao decreto, que visa reforçar a arrecadação e evitar bloqueios no Orçamento de 2025.

O analista político Paulo Gama explicou que a medida busca evitar contingenciamentos maiores. A resistência é forte tanto do setor produtivo quanto de parlamentares, que criticam a falta de diálogo.

Um alerta do Ministério da Fazenda indica que, sem os recursos do IOF, as emendas parlamentares poderão ser reduzidas.

Gama destaca a dicotomia entre as necessidades urgentes do governo e o que pode ser discutido no Congresso, como reformas estruturais.

O Executivo busca transformar a resistência em oportunidades de avançar em pautas mais duradouras, embora sem soluções imediatas para o rombo fiscal.

Uma alternativa discutida é a venda de ativos da União, com um projeto de lei sobre leilões em áreas de petróleo podendo gerar até R$ 20 bilhões.

Gama também destacou o desequilíbrio entre a expansão de gastos e a capacidade de arrecadação, com a necessidade de receitas novas para zerar o déficit.

Além disso, os investidores devem ficar atentos à proposta de reforma do Imposto de Renda, que ampliará a faixa de isenção.

No cenário macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e a cautela do Banco Central são evidentes, com desemprego em 6%. Isso diminui a probabilidade de cortes de juros no curto prazo.

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