XP mantém apostas no Brasil para o 2º semestre, mesmo após tarifaço de Trump. Confira quais são
Mesmo com o tarifaço de Trump, a XP mantém suas previsões de investimentos, apostando na queda da Selic e estratégias defensivas. A expectativa é que a tensão tarifária tenha um impacto limitado na economia brasileira, mas pode gerar estresse político e microeconômico.
XP mantém apostas de investimentos inalteradas mesmo após tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros.
A equipe adota estratégia defensiva, com uma alocação de risco abaixo do tolerado, sem alterar previsão para a Selic, que deve cair de 15% para 12,5% ao ano até 2026.
O economista-chefe, Caio Megale, afirma que o choque tarifário não deve impactar a economia macro, pois apenas 18% do PIB é oriundo de exportações.
Por outro lado, o impacto negativo sobre o PIB pode ser de 0,3% este ano e até 0,5% em 2026, principalmente se houver retaliação do governo brasileiro.
Artur Wichmann, diretor-executivo de investimentos da XP, destaca que a alocação em renda fixa permanece alta em títulos pós-fixados, devido à manutenção do cenário para a Selic.
A equipe se mostra cautelosa em relação à bolsa, focando na credibilidade de Trump e na possibilidade de continuidade das tarifas. O Ibovespa teve impacto modesto, com queda inferior a 1%.
As empresas mais afetadas pela tarifa incluem Embraer, enquanto outras com operações nos EUA, como JBS e Gerdau, não devem ser impactadas.
A XP espera que o fluxo de capital estrangeiro continue, mesmo com possíveis oscilações, mantida a expectativa de crescimento do mercado de ações ao longo do tempo.
Para o Ibovespa, a XP projeta um nível de 150 mil pontos até o final de 2025, impulsionado por lucros crescentes e alívios monetários.
No setor de renda fixa, a XP permanece otimista, priorizando ativos de qualidade e reconhecendo a manutenção de bons indicadores de crédito mesmo com juros elevados.
Camilla Dolle, chefe de renda fixa, observa que as taxas nominais ainda são altas, o que mantém os investimentos em títulos atraentes, especialmente no contexto de inflação esperada.