Zelenski cobra aliados por força de paz na Ucrânia
Zelenski pressiona aliados por garantias de segurança enquanto busca um cessar-fogo com a Rússia. A possibilidade de uma força de paz europeia esbarra na resistência do Kremlin e nos interesses estratégicos dos EUA.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, cobrou neste sábado (15) que seus aliados ocidentais apresentem uma “posição clara” sobre as garantias de segurança na forma de uma força de paz, caso um cessar-fogo com a Rússia seja alcançado.
A solicitação ocorreu durante uma entrevista coletiva após uma reunião de líderes de 25 países, comandada pelo premiê britânico, Keir Starmer, após três anos de conflito iniciado por Vladimir Putin.
Zelenski afirmou que "a paz será mais confiável com contingentes europeus no solo e o lado americano como um seguro". Ele destacou a falta de clareza sobre a posição dos EUA em relação à situação.
No entanto, enfrentou pressões de Donald Trump, que alinhou-se à visão de Putin sobre a guerra e suas consequências. Zelenski, sem condições militares suficientes, aceitou um cessar-fogo de 30 dias em uma reunião em Jeddah.
Putin, por sua vez, condicionou a trégua à permanência de temas fundamentais para as negociações, como a desmilitarização da Ucrânia e a neutralidade de Kiev.
A proposta de uma força de paz europeia é vista com ceticismo pelo Kremlin, que não aceita tropas da Otan na Ucrânia. Trump apoiou a ideia, mas sem ser enfático.
Starmer afirmou que uma “coalizão dos dispostos” está sendo formada para reforçar a segurança na Ucrânia. No entanto, detalhes sobre a implementação permanecem vagos.
Enquanto isso, a situação militar do país continua delicada. Zelenski tentou minimizar a pressão em sua equipe, apesar das evidências em contrário.
Recentemente, os dois lados trocaram intensos ataques com drones, com pelo menos 130 lançados pelos russos e 126 pelos ucranianos.