Zelenski diz que Rússia, Irã e Coreia do Norte formam 'coalizão de assassinos'
Zelenski critica apoio militar de Teerã e Pyongyang à Rússia e anuncia produção conjunta de drones com o Reino Unido. Em visita a Londres, ele enfatiza a necessidade de ação coordenada para neutralizar a ameaça da "coalizão de assassinos".
Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia, chamou Rússia, Irã e Coreia do Norte de uma "coalizão de assassinos" nesta segunda-feira (23).
Ele destacou que Teerã e Pyongyang estão dando suporte militar à invasão russa, que usa drones iranianos e soldados norte-coreanos contra a Ucrânia.
Em visita ao Reino Unido, Zelenski alertou que países vizinhos devem se preocupar com a proteção de seus cidadãos diante dessa coalizão.
Ele apoiou a recente decisão de Donald Trump de bombardear instalações nucleares iranianas, acusando o Irã de ser cúmplice da invasão russa.
No encontro com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, foi anunciado um projeto para a produção conjunta de drones de longa distância, com objetivo de "forçar a Rússia a pensar na paz".
Zelenski ressaltou a necessidade de "coordenação política e diplomática" e mencionou a importância de projetos conjuntos de defesa.
Desde o início da guerra, a Ucrânia se tornou líder na produção mundial de drones, mudando a dinâmica do conflito.
Durante sua estadia em Londres, o presidente se reuniu com rei Charles 3º e participou de um evento com soldados ucranianos que recebem treinamento no Reino Unido. Mais de 45 mil militares ucranianos já participaram desse programa.
O primeiro-ministro britânico afirmou que o acordo de produção de drones é um "grande passo" no apoio à Ucrânia, com duração prevista de três anos.
Enquanto isso, Starmer tenta cultivar boas relações com Trump, que pressiona Zelenski a negociar um cessar-fogo.
Além disso, o serviço de inteligência da Ucrânia, o SBU, revelou detalhes sobre uma suposta tentativa de assassinato contra Zelenski, orquestrada pela Rússia e frustrada por espiões ucranianos e poloneses.
O plano envolvia um agente recrutado pela União Soviética, que teria pretendido matar o presidente no aeroporto de Rzeszów.
Zelenski já declarou ter perdido a conta das tentativas de assassinato por parte da Rússia.