Zelensky rejeita trégua de três dias proposta por Putin e diz que conversa com Trump no funeral do Papa foi a ‘melhor até agora’
Zelensky critica proposta de trégua de Putin, chamando-a de encenação e reafirma disposição da Ucrânia para um cessar-fogo duradouro. Durante reunião com Trump, presidente ucraniano discute sanções e defesa aérea, destacando os desafios atuais nas negociações de paz.
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou proposta de trégua de três dias feita por Vladimir Putin, classificando-a de “encenação”.
A declaração foi feita a jornalistas e divulgada pelo Gabinete presidencial ucraniano. Zelensky indicou que Kiev está pronta para um cessar-fogo completo.
Ele criticou a trégua proposta por Putin, que duraria de meia-noite de 8 de maio até meia-noite de 11 de maio, afirmando: "Em dois ou três dias é impossível desenvolver um plano para os próximos passos para acabar com a guerra."
Moscou afirmou que a trégua coincidiria com a comemoração do Dia da Vitória em 9 de maio, testando a “disposição” de Kiev para a paz. O Kremlin, no entanto, havia rejeitado anteriormente um cessar-fogo incondicional proposto pela Ucrânia e pelos EUA.
Zelensky criticou a trégua como uma tentativa de impedir que Kiev atrapalhasse as comemorações em Moscou, onde 20 líderes mundiais, incluindo o presidente chinês, foram convidados.
Ele afirmou que Kiev não fará "jogos" para “agradar a Putin” e mencionou que a Rússia pode tentar "incêndios criminosos" para culpar a Ucrânia.
As declarações surgem enquanto as forças russas avançam em várias frentes de batalha, com o alerta dos EUA de que podem abandonar esforços de mediação se não houver progresso. O porta-voz do Departamento de Estado ressaltou que busca um cessar-fogo duradouro, não apenas um breve período de trégua.
Além disso, Zelensky e Donald Trump comentaram sobre um novo acordo de recursos minerais, que protegeria interesses ucranianos sem garantias de segurança concretas. O encontro entre os líderes foi considerado positivo, com Zelensky expressando o desejo de reforçar as defesas aéreas da Ucrânia e adquirir armas americanas.