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Zona Franca de Manaus vive debandada de técnicos e engenheiros

A escassez de especialistas em automação na Zona Franca de Manaus gera um fluxo de profissionais para outras regiões, devido à limitação salarial e à busca por melhores oportunidades. Empresas locais buscam alternativas como "importar" talentos de fora, enquanto os jovens profissionais desejam maior rapidez na ascensão na carreira.

Resumo da Notícia

Diego Francisco Souza, 40 anos, começou sua carreira como operador de máquinas em Manaus e se destacou na tecnologia ao consertar equipamentos sem supervisão. Ele foi promovido a diversas funções na área de automação, mas deixou a cidade devido aos baixos salários, sendo transferido para Camaçari, onde recebeu 54% a mais.

Atualmente, sou especialista em automação em Kansas City, EUA, com sua própria empresa. Ele ressalta que muitos talentos abandonam Manaus em busca de melhores oportunidades e uma política de valorização poderia reter esses profissionais.

Grandes empresas, como a Electrolux, sentem a falta de especialistas em automação. O diretor Hamzah Nasser afirma que a região precisa "importar" mão de obra qualificada. A Coca-Cola também depende de especialistas que vêm de São Paulo.

A multinacional BIC implantou o programa BIC Up!, permitindo sugestões de inovações rápidas, resultando em baixo índice de rotatividade. Em contraste, a Samsung demite após o pico de demanda, evidenciando a instabilidade no setor.

Por outro lado, a Yamaha tem implementado medidas para melhorar as condições de trabalho, como controle de temperatura. O salário médio na Zona Franca gira em torno de R$ 2.000, com a indústria da transformação tendo um salário médio mensal de R$ 3.420.

Instituições de ensino, como a UEA, têm sido mantidas pela indústria, destacando-se na formação de especialistas em automação. A Electrolux busca reforçar essa formação, integrando inovações ao processo produtivo na região.

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